sábado, 15 de outubro de 2011

São as ondas, o mar revolto, o rugido, o vento. Altos brados, valas no coração. É a subida aos céus, a descida vertiginosa aos infernos. São os calores que sobem pela coluna, o coração na boca. Ventos que te fustigam a alma, enquanto continuas sentada na sala. Ouves aquela voz, ouves aquela alma, e queres chorar, queres tanto chorar, tamanha é a emoção no peito, tamanha é a vertigem criada em ti. Eu sei o que isso é, eu sei. O teu corpo não consegue conter tamanha emoção. Tamanha paixão. Afinal não estão todos mortos. Afinal há quem viva na mesma dimensão. Têm paixão na boca. És capaz de tudo, de tudo, desde que o faças com a alma. Sei precisamente de que estás a falar, sei precisamente o que queres dizer, sei a que profundidade te referes. A minha alma compreende antes de dizeres as palavras e todo o meu corpo quer chorar. Tudo isto enquanto me movo o mínimo possível, enquanto mal respiro. Feiticeira. Quero seguir o caminho sem retorno.

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